Conceito e Direção: Rita Vilhena
Apoio Financeiro: República Portuguesa Cultura, Direção Geral das Artes
Apoios: Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Produções Independentes (PI), Encontros do Umbigo
PROGRAMA:
1. However the other with a language or speaking a dance song is not a true name
O que está a passar por nós agora é uma falésia. As únicas ficções que podem ser confrontadas são as que enfrentamos quando decidimos esquecer que sabemos o que se está a passar. Decidimos ficcionar, sem nunca perder de vista as verdades. Em que momento é que a nossa ficção se vai desmoronar, em que ação é que vamos decidir que já não nos apetece jogar juntos?
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criação e interpretação: Márcia Lança (PT) and Vi Lattaque (FR)
2. Aviso
"reservar espaço para a sombra. criar aos cacos uma geografia quase inacessível. se reservar o direito ao recolhimento. produzir cavidade no interior da palavra para que nela também resida o que não se diz em frente ao inimigo. entregar o discurso inacabado" Francisco Mallmann.
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criação e performance: Lucas Damiani & Nicole Gomes
3. Dilatar o corpo de minha noite interna
“... Eu me livro deste condicionamento de meus órgãos tão mal ajustados com meu eu e a vida não é mais para mim um acaso absurdo onde eu penso aquilo que me dão a pensar. Eu escolho então meu pensamento e a direção de minhas forças, de minhas tendências, de minha realidade...” (A. Artaud)
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performance e criação: AnaVitória
texto: Antonin Artaud – Sobre o Suicídio
trilha: Voz AnaVitória e Urna Chahartugchi – Edição: Nuno Veiga
foto: Bruno Veiga
4. Lançamento de Livro
Processos autobiográficos – modos performativos e formas afetivas de criação na dança contemporânea apresenta para o campo das artes performativas um contributo fundamental ao colocar em debate o lugar do artista como simultaneamente narrador e sujeito de sua produção artística. Movimento este que vem se desenhando desde a modernidade sobretudo na literatura e que vai na contemporaneidade se posicionar como campo potente de articulação da Arte com a Vida e reverberar em todos os campos de pesquisa artístico-pedagógica.
As questões teóricas, processuais e poéticas aqui estudadas são relacionadas com o processo artístico-pedagógico da autora, resultando numa análise reflexiva sobre a sua produção como coreógrafa e performer bem como de seus pares, coreógrafos e criadores contemporâneos que desenvolvem suas pesquisas longe da representação como modelo criativo e assumiram a autoperformance como campo de conhecimento e prática artística que prioriza a subjetivação do sujeito.
Fruto de investigação, exploração e criação poética com o corpo, AnaVitória revela seu sistema de criação que vem se desenvolvendo e sendo aplicado há 30 anos em universidades, centros de pesquisas do movimento, workshops, Cias de Dança, residências artísticas, direção de movimento em peças teatrais e grupos de estudos nacional e internacionalmente, desconstruindo modelos de assujeitamentos do pensamento do corpo que dança na contemporaneidade.
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título: Dança – Criação autobiográfica e memória
autora: Ana Vitória Freire
editora: 7 Letras – Rio de Janeiro – Brasil 2022
apresentação de Rita Vilhena