Conceito e Direção: Rita Vilhena
Apoio Financeiro: República Portuguesa Cultura, Direção Geral das Artes
Apoios: Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Produções Independentes (PI), Encontros do Umbigo
PROGRAMA:
1. Cócegas
Cócegas é uma investigação em dança que acompanha uma criatura fantástica, um corpo mágico movido e criado pelo amor ao movimento, pelo desafio de querer dizer e não ter palavras e pelo brotar rítmico do gesto e da fala que as antecede.
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dança e figurino: Isadora Dantas
fotografia: Clara Bevilaqua
vídeo: Gabriel Gomes e Camila Soares
apoio: c.e.m - centro em movimento e Trust Collective
2. a hora mágica é muito breve
Sempre que mudamos de casa, mudamo-nos com objectos, mudamo-nos com coisas. Coisas que transitam de uma casa para outra, que nos acompanham e que vão acumulando em si memórias. E memórias de várias ordens. De sensações, de acontecimentos, de pessoas, de odores ou até de cores.
A Andresa tem levado consigo, para onde for, um quadro. Sabemos que é um quadro de 1980, pintado por Estevão Soares, e que na altura em que o pintou seria Outono, ou em última instância, sabemos que terá pintado o Outono numa das restantes estações. Para a Andresa aquele quadro é como se fosse uma janela. Podemos então dizer que a Andresa, sempre que muda de casa leva consigo a mesma janela. A janela que é o seu pai.
Através do olhar, do exercício da contemplação e da escuta, esta performance intimista devolve-nos a ver este quadro, que afinal é uma janela e que é também a sua imagem de assombro. A dela e possivelmente a nossa.
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direcção artística: Elizabete Francisca
co-criação e interpretação: Andresa Soares
música: José Vianna da Motta
3. Lapso, lento
Lapso, lento é um filme sobre velocidade e sua ecologia e uma reflexão sobre a necessidade humana de ritual e presença. Um ritual permite-nos habitar o tempo, ou como escreve Byung Chul-Han, torna o mundo um lugar fiável. Proponho-o aqui como dança de abrandamento, como resistência lúdica ao curso veloz e incerto do mundo.
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criação/interpretação: Marta Vieira
locução: Marta Vieira, Catarina Vieira, Bruno Couto, Teresa Meira, Elói Barros
operação e edição de som: Gonçalo Silva, Ricardo Rodrigues
desenho e operação de Luz: Ricardo Cabrinha
imagem: Bruno Vieira
captação/edição de vídeo: Carolina Thadeu, Marta Vieira
música: The Saxophones
apoio à criação: Catarina Vieira, Sofia Lopes, Evan Morson-Glabik, Teresa Meira, Mélanie Rosalino
produção: Pólo Cultural das Gaivotas Boavista - Câmara Municipal de Lisboa
4. ECOAR
Andar para trás para seguir em frente. Morrer para continuar a viver. Largar-se às partes. Escutar o que resta: o som que retorna do beijo com as montanhas vem mais leve, a ECOAR. ECOAR são muitas palavras em uma. É ECO de ecológico, de oikos que significa casa. É CO de co-criar, de sonhar juntes. É CÔA da região e suas gravuras compartilhadas com o futuro. É COAR de uma tentativa falhada de filtrar isto tudo. É OAR que podendo ser som ou rugido, é um álbum que quero que ouças. É AR, que em conjunto com a água é matéria das nuvens. ECOAR do assobio dos ventos que faz restolhar as folhas, do cada vez mais raro correr dos rios, da volatilidade das nuvens e da quietude das pedras que a seu tempo não são quietas. De fazer ECOAR ideias, sonhos, protestos, manifestos. De sonhar, sempre.
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conceito e performance: Rebecca Mateus
sonoplastia: Leo Soulflow
figurino: Moony
texto, cenografia e adereços: Rebecca Mateus
olhar externo: Piny, Bárbara Cordeiro, Maria Antunes, Catarina Rosa (Kenzi), Wanda Caio
apoios: Festival Côa Corredor das Artes, Cooperativa “A Sacavenense”, Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, SA, Horta, FCUL, Com Calma – Espaço Cultural, MOS Espaço Artístico
agradecimentos: Inês Bom, Maria Vicente, André de Campos, Lurdes de Campos, Diogo Mendes, Íris Mota, Fernando Campos, Rodrigo Campos, Raquel Andrade, Diana Niepce, Miguel Cortes Costa, Maurícia Neves, Marcelo Evelin e todo team BATUCADA