1. Enchendo o saco
sinopse:
A repetitividade, a banalidade do gesto e o automatismo da ação, em "Enchendo o Saco", criam uma atmosfera de tédio. A operação realizada é uma materialização do ócio (gesto de fumar um cigarro), através do fumo ensacado. Ao oferecer um recipiente ao que resta da ação de fumar (fumo), inicia-se a produção de uma instalação (aglomeração de sacos), resultado visível e quantificável deste gesto banal, puro deleite, improdutividade e uso indevido do tempo. Há, portanto, nessa ação, uma ressignificação do improdutivo para o produtivo. Enchendo o Saco dialoga com a performance "Eating a Humburguer", de Andy Warhol, e com o texto "Notes on the Gesto", de Giorgio Agamben. Como é que este convite ao ócio, para perder tempo e habitar uma atmosfera aborrecida, pode afetar o público que passa?
conceito e interpretação: Ique Larica Gazzola
2. Too weird to live, too rare to die
sinopse:
O que acontece quando uma alma anormal encontra um corpo desajeitado? Ela puxa o corpo através do tempo e do espaço como uma boneca, sem se importar se isso causa dor ou se o torce como quem torce uma toalha molhada. Como este corpo era tão independente antes, não conhece qualquer tipo de controlo, nem tem pensamentos próprios, por isso faz e pensa tudo o que a alma manda - mesmo que seja estranho, mesmo que não faça qualquer sentido. As mesas, a cadeira, o blazer e os sapatos - esta "sala" à volta deste humano cria um cenário de loucura, onde nada é realmente o que parece ser.
criação e interpretação: Panna Pozsony
música: J.S. Bach, Jefferson Airplane, Livery Stable Blues
3. O quê?
sinopse:
No palco vão encontrar-se uma atriz, um bailarino e uma bailarina. "O Quê?" surge da vontade de um encontro destes três intérpretes dentro de um espaço performativo onde a linguagem base surge da peça “Not I” de Samuel Beckett. Em “O Quê?” serão 3 a contar a história desta boca, 3 corpos frenéticos a vomitar o passado e o presente. Nesta peça vamos poder ver a incomunicabilidade entre os seres que ocupam o espaço performativo – seres que emitem, mas que não têm realmente um recetor.
criação: Mariana Silva
interpretação: Mariana Tiago, Pedro de Aires e Inês Fonseca
música: Mats Gustafsson e Graig Taborn
4. O CÂNCER
sinopse:
É um monólogo reflexivo que aborda questões como o racismo, o preconceito, o colonialismo e as suas consequências. Evidenciando também a ancestralidade, hábitos e costumes deixando claro que a Humanidade é essencialmente comunitária e que uma perturbação da paz colectiva e a agressão violenta contra um ancião eterniza o sofrimento. khristall Afrika usa códigos ancestrais confirmando que a solução humana está essencialmente na utilização da filosofia UBUNTU pois eu só existo porque tu Existes.
texto e interpretação: khristall Áfrika
encenação: khristall Áfrika
direção artística: Guigo Ribeiro
som: Leandro Quintas
:-) Festa musicalizada por Francisco